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Imunização Emocional

  • Foto do escritor: Vera Purcina
    Vera Purcina
  • 20 de jul. de 2022
  • 2 min de leitura

A pandemia do covid-19 não acabou, dizem os especialistas. Ainda há perigo de contaminação e de mortes, apesar de todos os cuidados tomados. Significa, então que o vírus está por aí, solto no ar.

E, no momento em que a pessoa se sente enfraquecida, esta situação a aflige e ela se fecha no seu mundinho, pois se vê à mercê de algo invisível que pode atingi-la e lhe fazer muito mal.

A insegurança da população é grande. Não é à toa que o número de ansiosos e depressivos, de suicídios e homicídios, de adicção, de desespero e sofrimento existencial aumentou nos últimos anos. Isto é um fato. Porém, ao mesmo tempo que é preciso enxergar a vulnerabilidade humana e a sua limitação frente a natureza, é necessário também buscar medidas de proteção no sentido de reverter o "contágio dos distúrbios mentais e sociais", os quais são muito destrutivos. Um povo fraco emocionalmente, individualista e medroso não cresce, não se expande, não possui autonomia para governar a própria vida.

A ciência, através de pesquisas, oferece as vacinas para combater o corona virus. Por outro lado, ainda não há grande empenho (governamental, social ou pessoal, exceto poucas iniciativas existentes) na distribuição da "vacina para a área emocional", para evitar o contágio do medo de viver e de morrer, do preconceito, do individualismo, da insensibilidade frente a dor do outro, da crueldade da ganância e da competição entre as pessoas.

Será que é a ilusão de atingir sucesso através da riqueza financeira, da beleza cirúrgica da aparência e da importância ao próprio umbigo, que faz cegar e ensurdecer até o ponto de imobilizar um agir mais saudável?

Chamaremos, então, de imunização emocional aquelas atitudes pessoais genuínas de solidariedade, de empatia, afetividade, compaixão; assim como a reciprocidade, as trocas, a sinergia social. E também a reestruturação mental tanto pessoal como social.

Porém, como há pouco investimento neste setor, há pouca conscientização e incentivo. Por isso, a sociedade caminha lentamente em direção à cura desse vírus que a contamina com um estilo de vida bem destrutivo.

Mas, quem sabe, a pandemia acaba um dia...

Vera Purcina

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