Mais amor aos Pais

As vivências familiares são muito importantes e o pai desempenha um papel essencial, pois, além de ser um dos administradores do lar, também é o companheiro da mãe no processo educativo dos filhos.

De acordo com Freud, o pai é quem primeiro entra na relação dual mãe bebê, instituindo a triangulação familiar tão necessária para a vida em comunidade. Parceiro da mãe, ele vai regrando o cotidiano, a hora de acordar, de brincar, de trabalhar... dá limites e mostra as possibilidades... Participa das tarefas, soma o afeto, compartilha os direitos e deveres. Através de suas atitudes é modelo e formador de princípios, de ética e de cidadania.

Hoje em dia, as mudanças ocorridas na sociedade evidenciam uma constituição familiar que já não é a mesma de antes. E como não poderia ser diferente, o resultado do processo educativo denota outros valores, pensamentos e comportamentos. No geral, as pessoas estão com muita dificuldade para lidarem com estas mudanças, principalmente na criação dos jovens, pois os papéis dos adultos estão sofrendo adaptações.

Outro dia, um pai me disse que a participação dele é só na hora de "fazer" o filho (ele quis dizer que ele só participa da fecundação); e que o restante é com a mãe. Isso é assustador e denota uma grande necessidade de se repensar a posição (status) da figura paterna.

O pai é muito mais que mero reprodutor e todos devem tomar consciência disso. Da importância da sua presença e das suas atitudes na vida dos filhos. Sem ele, a sociedade perderia um de seus principais pilares. Sim, ele faria muita falta.

O pai é a pessoa que apresenta o mundo para os filhos; que os protege ao mesmo tempo que os impulsiona, emprestando sua coragem para adentrarem no novo. É o humano imperfeito que erra, com certeza, mas que necessita da parceria da mãe e do respeito, reconhecimento e amor de todos.

Vera Purcina