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Maternidade nos dias de hoje

  • Foto do escritor: Vera Purcina
    Vera Purcina
  • 6 de jul. de 2022
  • 2 min de leitura

Estamos atravessando um período de transformações e crises de valores nos diversos setores sociais. Com tantas inovações, o pensamento e comportamento das pessoas sofrem alterações. Um aspecto importante e que merece reflexão é o papel da Maternidade na vida das mulheres. Esse assunto, que vem sendo cada vez mais discutido frente os casos de gravidez oriundas de abusos e também diante de declarações de mulheres que não desejam ter filhos ou que pretendem entregá-los para a adoção.

Muitas destas frases eram consideradas inconcebíveis há um tempo atrás, como se "ser mãe" fosse uma consequência natural de quem nascesse mulher. Por outro lado, aos homens, já existia, mesmo que sutilmente, o direito de "assumir ou não assumir" a paternidade.

Assim, ao refletir a esse respeito, nos deparamos com mais uma daquelas visões sociais engessadas, onde a maternidade estava intrinsecamente ligada à idéia religiosa de "padecer no paraíso" (para as mulheres que seguiam o protocolo) ou de pecado (para as que não seguiam). Pois bem, a sociedade balizou seu julgamento à partir de relações idealizadas entre homem e mulher onde haveria estabilidade emocional e financeira para cuidarem de sua prole. Mas, o que acontece no dia a dia, é outra realidade. Para começar, se tornou difícil casar, pois, geralmente, é caro; muitos casais "moram juntos". Também é bem dispendioso montar uma casa e criar filhos com os cuidados básicos de saúde e educação; muitos não engravidam, criam pets ou têm, no máximo, um filho. Além disso, muitos casais são homoafetivos e seu desejo é adotar os filhos.

As mulheres estão modificando a auto imagem do feminino, pois, ser mulher, atualmente, tem muito mais a ver com um processo de construção, de se tornar autônoma, dona de sua vida e do seu corpo do que casar e ter filhos. Mas a sociedade reluta ainda. Frente uma nova violência, esta é encarada como sexual e não como imposição de poder na relação e ainda insistem em idealizações ultrapassadas que geram muito sofrimento. Uma pena, pois seria muito bom se todos respeitassem os direitos, os corpos e as escolhas das mulheres.

Vera Purcina

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